terça-feira, 15 de setembro de 2015

Teorias de uma crise



Conforme temos constatado nos diversos  relatos de pessoas que se encontram no exterior, e também pela cobertura da imprensa mundial digna de crédito, o Brasil não está em crise, mas  sim o mundo. 

Continuamos fortes e firmes como a 7a. economia do mundo, e, embora alguns falem que somos a 8a.,  não encontramos notícia que relata este rebaixamento.

Antes o que podemos observar é o desespero da oposição em querer a todo custo derrubar Dilma Rousseff. O editorial da Folha comprovou que chegou o momento de dar um basta, ou seja, parar de fingir crise. 

É o momento das empresas voltarem a contratar, produzir e assim aumentar o PIB e para que isso ocorra, não depende só de Dilma e isso vocês vão entender abaixo como deverá ocorrer e o porquê. 

Só os bancos lucraram horrores no primeiro semestre, como lucrar tanto se não há dinheiro? As pessoas assustadas com as invenções da mídia, com os empresários que estão manipulando a crise  e segurando investimentos acabaram forçando uma situação que é a que vemos: ninguém “guarda dinheiro debaixo do colchão” mais.

Quando perdeu a eleição, Aécio afirmou: "Não se preocupem porque eu derrubo ela em um ano." 

Naquela ocasião, Aécio tinha a mídia totalmente a seu favor. Durante a campanha eleitoral das últimas eleições, ele foi blindado até o último instante: no primeiro turno sendo colocado para escanteio nas pesquisas e colocando Marina Silva em sua frente, pois todos conhecem a força da militância petista e queriam tirar Aécio de seu foco. 

No segundo turno as emissoras trabalharam em conjunto para derrubar Dilma, basta procurar os vídeos que temos por aí e o midiômetro criado na época. Aécio tem grande parte do empresariado e elite ao seu lado, basta ver os gastos com bonecos, marchas, camisetas e doações que os grupos de impeachment possuem. 

Só não contavam com esse revés: a LavaJato chegou "novamente" em Aécio, e em companhia de Aloysio Nunes e Serra. 

Agora não dá mais para segurar essa “blindagem”. 

Empresário da Andrade Gutierrez delatou o trio e tudo foi amplamente divulgado na imprensa alternativa através de Claudio Humberto do Diário do Poder. Contudo, até agora nada saiu na imprensa maior. 

Agora é tudo ou nada: precisamos produzir. São quase 11 meses sem produzir, sem lucrar, bancando marchas de impeachment e sem sucesso e todos já perceberam. 

O prazo do Aécio está acabando e a blindagem está pra lá de desgastada.


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Apesar do desespero no mercado, não existe motivo para levar a sério o rebaixamento dos Brasil ocorrido ontem. As últimas pessoas em cuja avaliação deveríamos confiar são os analistas da Standard & Poor's.

Esta frase acima, foi escrita em 2011 por Paul Krugman, traduzida e publicada no UOL Notícias, porém, em vez dele estar falando do Brasil, estava falando dos EUA. Veja a frase original: "Apesar do desespero no mercado, não existe motivo para levar a sério o rebaixamento dos EUA ocorrido na sexta-feira passada. As últimas pessoas em cuja avaliação deveríamos confiar são os analistas da Standard & Poor's". (Paul Krugman é prêmio Nobel de Economia em 2008)



Ou seja, se não devemos confiar nas avaliações desta agência para os EUA, por devemos confiar nas avaliações dela para o Brasil?

Primeiro ponto, o Departamento de Justiça Norte-Americano deu início em 2013 um processo contra a agência por fraude, por considerar que a agência ignorou a fragilidade dos investimentos em produtos financeiros hipotecários durante o período que antecedeu a crise econômica de 2008. Veja aqui.


O procurador-geral do Departamento de Justiça, Erica Holder, a cara atrás do primeiro grande processo judicial contra uma agência de rating nos EUA.

Segundo ponto, em fevereiro deste ano, a agência foi intimada a pagar US$ 1,5 milhões no processo acima por "manipulação de Ratings".

Ou seja, antes que amanhã seja capa da Veja esta manipulação da agência agora para o Brasil, vamos associar as coisas, Globo, tem vários problemas com sonegação e manipulação de informação, Veja também tem sérios problemas com a justiça, sendo mais recente o caso do Senador Romário, ou seja, três grupos distintos porém com algo em comum, o golpismo e fraudes para o rebaixamento do Brasil e com isso conseguir algo no mercado, como aumento do dólar e queda da Bolsa de Valores. 

Vamos acompanhar para ver quem estará ganhando em tudo isso, com certeza não é o Governo que nada faz para punir estes órgãos de imprensa.

Veja o texto de Paul Krugman:

"Para entender todo o furor em torno da decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor's de rebaixar os títulos da dívida do governo dos Estados Unidos, é preciso que se leve em consideração duas ideias aparentemente (mas não realmente) contraditórias. A primeira é que os Estados Unidos não são de fato mais aquele país estável e confiável que era no passado. A segunda é que a própria Standard & Poor’s tem ainda menos credibilidade; esta agência é a pior instituição à qual alguém deveria recorrer para receber opiniões sobre as perspectivas do nosso país.

Comecemos pela falta de credibilidade da Standard & Poor’s. Se existe uma única expressão que melhor descreve a decisão da agência de classificação de risco de rebaixar os Estados Unidos, esta palavra é chutzpah (cara de pau) – tradicionalmente definida pelo exemplo do jovem que mata os pais e depois suplica por clemência pelo fato de ser órfão.

O grande déficit orçamentário dos Estados Unidos é, afinal de contas, basicamente o resultado da queda econômica que se seguiu à crise financeira de 2008. E, a Standard & Poor’s, juntamente com as outras agências de classificação de riscos, desempenhou um papel importante no que se refere a provocar aquela crise, ao conceder classificações AAA a papeis lastreados em hipotecas que acabaram se transformando em lixo tóxico.

E a má avaliação não parou aí. É notório o fato de a Standard & Poor’s ter dado ao Lehman Brothers, cujo colapso provocou um pânico global, uma classificação A no mês em que aquele banco faliu. E como foi que a agência de classificação de risco reagiu depois que a instituição financeira de nota A foi à falência? Ela emitiu um relatório no qual negava ter cometido qualquer erro.

Então, são essas as pessoas que agora decretam que os Estados Unidos da América não são mais dignos de crédito?

Mas esperem, essa história fica ainda melhor. Antes de rebaixar os papeis da dívida dos Estados Unidos, a Standard & Poor’s enviou um esboço preliminar do seu novo relatório ao Departamento do Tesouro. Os funcionários do departamento identificaram rapidamente um erro de US$ 2 trilhões nos cálculos da Standard & Poor’s. E o erro era daquele tipo que nenhum especialista em orçamento poderia cometer. Após discussões, a Standard & Poor’s admitiu que estava errada – e rebaixou os Estados Unidos assim mesmo, após remover uma parte da sua análise econômica do relatório.

Conforme eu explicarei daqui a pouco, não se deveria dar muito crédito, de qualquer maneira, a tais estimativas de orçamento. Mas o episódio não gera exatamente confiança na avaliação da Standard & Poor’s.

De forma mais geral, as agências de classificação de risco jamais nos proporcionaram qualquer motivo para que nós levássemos a sério as suas avaliações sobre solvência nacional. É verdade que nações que declararam moratória geralmente foram rebaixadas antes que isso acontecesse. Mas em tais casos as agências de classificação de risco estavam simplesmente seguindo os mercados, que já haviam repudiado esses devedores problemáticos.

E, nos casos raros em que as agências de classificação de risco rebaixaram países que, como os Estados Unidos neste momento, ainda gozavam da confiança dos investidores, essa decisão por parte delas se revelou consistentemente equivocada. Vejamos, particularmente, o caso do Japão, que foi rebaixado pela Standard & Poor’s em 2002. Bem, nove anos depois o Japão ainda consegue pegar dinheiro emprestado livremente e a juros módicos. De fato, na última sexta-feira, a taxa de juros sobre os títulos de 10 anos do Japão era de apenas 1%.

Portanto, não existe motivo para levar a sério o rebaixamento dos Estados Unidos ocorrido na sexta-feira passada. As últimas pessoas em cuja avaliação deveríamos confiar são os analistas da Standard & Poor’s.

No entanto, os Estados Unidos têm de fato grandes problemas.

Esses problemas têm muito pouco a ver com a aritmética orçamentária de curto prazo ou mesmo com a de médio prazo. O governo dos Estados Unidos não está tendo problemas para pegar dinheiro emprestado para cobrir a sua dívida atual. É verdade que nós estamos acumulando dívida, sobre a qual teremos que pagar juros. Mas se fizermos de fato as contas, em vez de ficarmos repetindo os números enormes com voz sinistra, descobriremos que até mesmo déficits muito elevados no decorrer dos próximos anos terão um impacto pequeno sobre a sustentabilidade fiscal dos Estados Unidos.

Não, o que faz com se tenha a impressão de que os Estados Unidos não são confiáveis não é a matemática orçamentária, mas sim a política. E, por favor, não vamos repetir as declarações usuais de que ambos os lados são culpados. Os nossos problemas são quase que inteiramente provocados por um dos lados – eles são causados, especificamente, pelo crescimento de um extremismo de direita que está preparado para criar crises repetidas em vez de ceder um centímetro sequer em relação às suas exigências.

O fato é que, no que se refere à economia básica, os problemas fiscais de longo prazo dos Estados Unidos não devem ser tão difíceis assim de se resolver. É verdade que uma população em processo de envelhecimento e o aumento dos custos dos serviços de saúde provocarão um aumento mais rápido - sob as atuais políticas - dos gastos do que das receitas tributárias. Mas os Estados Unidos têm custos com saúde bem mais elevados do que os de qualquer outra nação desenvolvida, e impostos muito baixos segundo os padrões internacionais. Se nós pudéssemos nos aproximar, ainda que parcialmente, das normas internacionais nessas duas frentes, os nossos problemas orçamentários seriam resolvidos.

Então, por que é que não podemos fazer isso? Porque temos neste país um movimento político poderoso que gritou “comitês da morte” ao se deparar com tentativas modestas de utilização mais efetiva das verbas do Medicare, e que preferiu que nós corrêssemos o risco de uma catástrofe financeira do que concordar com a cobrança de um único centavo em impostos adicionais.

O verdadeiro problema enfrentado pelos Estados Unidos, mesmo em termos puramente fiscais, não é determinar se nós cortaremos um trilhão aqui ou um trilhão ali do nosso déficit. O problema é saber se os extremistas que estão atualmente bloqueando qualquer tipo de política responsável podem ser derrotados e marginalizados.

Tradutor: UOL

PAUL KRUGMAN
Professor de Princeton e colunista do "New York Times" desde 1999, Krugman venceu o prêmio Nobel de Economia em 2008."

Veja também :

Standard & Poor's não tem credibilidade para avaliar dívida dos EUA
Standard & Poor's investigada por fraude nas hipotecas
EUA avançam para tribunal para responsabilizar S&P de fraude que levou à crise económica
Standard & Poor’s paga 1,5 mil milhões de dólares por “ratings” fraudulentos
Romário processa revista, pede R$ 75 milhões e direito de resposta

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Aécio e Anastasia foram à Cardozo protestar contra a PF que quer investigá-los



Via Brasil247 - Em compromisso que não constava na agenda oficial, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) reuniu-se, nesta terça-feira (8), com os senadores do PSDB Aécio Neves e Antonio Anastasia. 

Os tucanos procuraram o ministro para protestar contra a Polícia Federal, que pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a continuidade das investigações sobre as suspeitas de que Anastasia teria recebido dinheiro de um emissário do doleiro Alberto Youssef, o ex-policial federal Jayme Alves, o Careca.


A manifestação da PF junto ao Supremo ocorreu após a Procuradoria-geral da República (PGR) pedir o arquivamento do inquérito aberto para investigar o senador tucano. Entre os documentos que a PF enviou ao ministro Teori Zavascki, do STF, sobre o caso que envolve o senador Antonio Anastasia e o recebimento de R$ 1 milhão em propina, estariam imagens gravadas pelas câmaras da casa onde o tucano teria se encontrado com Careca. O imóvel é da prima de Aécio, Tânia Guimarães Campos. 
Um ex-aliado de Aécio, que já frequentou o local, diz que a casa possui muitas câmeras, que poderiam ter flagrado o encontro. Segundo ele, a fonte da informação da PF é uma mulher que trabalhava na segurança do imóvel e que tomou a iniciativa de enviar diretamente ao Planalto um email com a reprodução de alguns quadros da imagem gravados pelo circuito interno. Estas fotos estariam com a PF, que já as teria enviado ao STF com o pedido de continuação da investigação sobre Anastasia (leia mais aqui).
O encontro com Cardozo foi confirmado por Aécio. Mas, oficialmente, ele disse que foi tratar de um projeto sobre terrorismo, de autoria de Anastasia. A agenda pública de Cardozo informava que ele se reuniria com a presidente Dilma Rousseff pela manhã e que, à tarde, ficaria ocupado com despachos internos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Caso Anastasia pode envolver prima de Aécio. - Brasil247

Minas 247 – pedido da Polícia Federal para reabrir a investigação contra o senador Antonio Anastasia(PSDB-SP), cujo arquivamento foi solicitado pelo procurador-geral Rodrigo Janot, promete gerar muita polêmica.

Isso porque a Polícia Federal trabalha com a hipótese de que o ex-policial Jayme Alves, o Careca, entregou cerca de R$ 1 milhão a uma pessoa parecida com o senador Anastasia numa casa de uma prima do senador Aécio Neves (PSDB-MG), chamada Tânia Guimarães Campos.
O PSDB, no entanto, se diz vítima de armação. E divulgou a versão de que a casa onde teria sido entregue a quantia pertenceria a outra pessoa – não à prima de Aécio.

A primeira contestação foi feita numa nota do jornalista Lauro Jardim, de Veja, em que Aécio se disse vítima de armação:


Aécio: problemas em Caracas
Tucanos suspeitam de armação para Aécio
Os tucanos estão estranhando o pedido da PF para que avance a investigação contra Antonio Anastasia, conforme mostrou hoje a Folha de S. Paulo. A estranheza é causada por um fato objetivo: a nova casa em que o policial Careca teria levado dinheiro seria de uma prima de Aécio Neves, Tânia Guimarães Campos.
A descoberta desta segunda casa pela PF só foi possível graças e um e-mail que foi anexado ao inquérito.
A mensagem foi enviada em janeiro por uma moradora de Minas Gerais para o Gabinete Pessoal de Dilma Rousseff e apontava uma casa onde o agente Careca supostamente teria entregado dinheiro em Belo Horizonte.
A casa a que a PF chegou a partir da descrição é de Tânia e fica na Rua Eurico Dutra, no Belvedere, bairro de Belo Horizonte.
Outra casa, a que a PF chegou a partir do depoimento de Careca, é completamente diferente da primeira e fica na Rua José Maria Alckimin, no mesmo bairro, mas não se parece com a outra.
Os tucanos suspeitam de que este e-mail enviado em janeiro de uma moradora de Minas para o gabinete de Dilma seja uma armação para envolver Aécio na Lava-Jato.
Depois, numa segunda nota, Lauro Jardim, também afirmou que a casa da prima de Aécio é totalmente diferente da casa real:


Foto 1
A casa da prima de Aécio, Tânia Campos
São bastante diferentes as duas casas a que a Polícia Federal chegou na investigação para apurar a quem o ex-policial Jayme Careca entregou dinheiro em Minas Gerais (leia mais aqui).

Pelo depoimento de Careca, a casa ficaria voltada para um shopping e seria térrea, parecendo um sobrado para quem olha de frente. Haveria ainda um portão que abre na horizontal.

Mas a casa da prima de Aécio Neves não tem vista para um shopping, não é térrea, o acesso se faz por meio de uma escada e existe um segundo andar, visível da rua.

O portão abre em movimento vertical e o imóvel não tem grades na frente, mas sim muro de pedras. Em resumo, uma nada tem a ver com a outra.

Diz Aécio:
- Foi uma denúncia de má-fé. Sou vítima de uma armação. Quero que o episódio seja investigado.

Outro ângulo da casa da prima do senador
Outro ângulo da casa da prima do senador

Mais um ângulo do imóvel
Mais um ângulo do imóvel

Quem poderá esclarecer o caso, no entanto, é ex-policial Jayme Alves, que diz ter entregue a quantia a uma pessoa muito parecida com Anastasia.

Nesta quinta-feira, o jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço, publicou que a Polícia Federal tem muitas provas contra Anastasia (leia aqui).

O senador mineiro, no entanto, também se disse vítima de armação (leia aqui).


Veja esta e outras reportagens de Brasil247 clicando aqui.


Ministério da Fazenda lança nota à imprensa sobre operação Zelotes.

Em nota à imprensa o Ministério da Fazenda informa o cumprimento pela Polícia Federal de mandados de busca e apreensão em nove escritórios de contabilidade que funcionam no Distrito Federal (DF), São Paulo (SP) e Rio Grande do Sul (RS).

Veja a íntegra da nota divulgada hoje pela manhã.

"NOTA À IMPRENSA OPERAÇÃO ZELOTES - MEDIDAS COMPLEMENTARES
Investigadores cumpriram mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul

A Polícia Federal (PF), a Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda, O Ministério Público Federal (MPF) e a Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação (Copei) da Receita Federal desencadearam nesta quinta-feira (03) medidas complementares da Operação Zelotes, que apura denúncias de manipulação em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Policiais Federais cumpriram mandados de busca e apreensão em nove escritórios de contabilidade que funcionam no Distrito Federal (DF), São Paulo (RS) e Rio Grande do Sul(RS).

Com a medida, os investigadores esperam ter acesso a materiais que possam provar o envolvimento de 12 empresas e 11 pessoas físicas com o esquema fraudento que lesou os cofres públicos, com o não recolhimento de impostos. As irregularidades no Carf estão sendo investigadas desde 2013 e se tornaram públicas em março deste ano, quando foi deflagrada a Operação Zelotes. Na época, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão.

As novas medidas invasivas foram necessárias a partir da análise inicial do material apreendido na operação, onde apontou-se discrepâncias entre os valores efetivamente movimentados pelos suspeitos e os declarados ao fisco. No entanto, apenas o “acesso a documentos de escrituração contábil como balancetes, diários, recibos e notas fiscais seria possível a realização de um exame mais fidedigno das informações”. Os escritórios que foram alvos da operação de hoje prestam serviços às empresas investigadas e também já tiveram materiais apreendidos pela PF.

No pedido - autorizado pela juíza Célia Regina Ody Bernardes - também foi solicitada a quebra de sigilo fiscal, bancário e telemático de todo o material apreendido, bem como o compartilhamento dos dados com as demais investigações em andamento ou que venham a ser instauradas no âmbito da Zelotes. A expectativa é que tenham sido recolhidos documentos, anotações, mídias de armazenamento, computadores, contratos e recibos referentes à contabilidade dos envolvidos no esquema. O material apreendido passará por espelhamento devendo a versão original ser analisada pelos responsáveis pela investigação. Participam das medias complementares, o MPF, a PF, servidores da Receita Federal e da Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda.

Sobre o caso

O inquérito referente ao Carf foi instaurado em 2014. Ao todo, os investigadores analisam cerca de 70 julgamentos realizados pelo tribunal administrativo no período de 2005 a 2013. As suspeitas são de que ex-conselheiros, servidores públicos e empresas de consultoria montaram um esquema para negociar o resultado desses julgamentos. Empresas que haviam apresentado os recursos pagavam para ter os débitos anulados ou reduzidos pelo órgão. Os crimes investigados são os de formação de quadrilha, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. "

Só para recordarmos a Operação Zelotes envolve um grande esquema de corrupção, fraudes e sonegação entre o Carf e várias empresas que incluem, RBS afiliada da Rede Globo, Bradesco, Santander, BR Foods, Camargo Corrêa entre outras, para saber mais da operação clique aqui.

Para visualizar a nota à imprensa divulgada pelo Ministério da Fazenda clique aqui.