domingo, 22 de novembro de 2015

Aplicando o ensinamento "Seu direito termina onde começa o meu, e vice versa", na nova lei de direito de resposta.


Diante dos textos publicados por jornalistas/colunistas da Globo, pesquisei sobre um ensinamento que tive quando cursei o ginásio que é, SEU DIREITO TERMINA ONDE COMEÇA O MEU E VICE VERSA.
A falta de credibilidade da imprensa atual, principalmente a de maior audiência, é devido a quantidade de mentiras veiculadas diariamente, seja diretamente exposta ou através de manipulações de fatos.
Para isso, nada melhor que a nova lei do direito de resposta, ou seja, abaixo no belo texto de Marcial Salaverry, entenderemos que a liberdade de imprensa, não está acima do direito de alguém se defender.


Devemos respeitar o espaço e os direitos alheios, da mesma maneira que queremos que os nossos sejam respeitados...
Osculos e amplexos,
Marcial

SEU DIREITO TERMINA ONDE COMEÇA O MEU, E VICE VERSA...
Marcial Salaverry
 
Algo que precisamos parar para pensar, e analisar profundamente, é aquele que aborda o controvertido tema que fala de um dos pontos mais debatidos nos relacionamentos humanos, ou seja, aquele que analisa  o “Respeito ao Próximo”.

E isso é algo que realmente há que ser observado, mas não o é, pois frequentemente estamos dando palpites sobre como alguém deve conduzir sua vida, que deverá seguir nossa maneira de pensar, e na verdade,  não é nada disso.  Da mesma maneira como não gostamos de interferências em nossa vida, assim devemos agir para com os outros.  Respeitando-os seja qual for sua opção de vida.  Evitando-os se seu modus vivendi não nos for conveniente, pois assim como respeitamos, queremos ser respeitados. Podemos não concordar com certas atitudes de alguém, mas não temos o direito de condenar.

Se nossa opinião for solicitada, poderemos dizer o que nos agrada ou nos desagrada em sua linha de conduta.  De qualquer maneira, uma opinião, será uma opinião.  Será seguida apenas se quem nos consultou acha-la conveniente.

Existem, contudo, situações onde poderá caber um alerta.  Por exemplo, ao vermos que uma pessoa de nossas relações, ou de quem gostamos  está enveredando por algum caminho mal direcionado, como por exemplo uso de drogas, ou mesmo por fumar ou beber, poderemos alerta-la sobre os efeitos que tal vício poderá lhe acarretar.  Sem que isso implique na obrigatoriedade de nos atender.  Sua decisão, contudo, é que deverá prevalecer, pois é esse seu desejo, o que lhe diz o livre arbítrio.

Se notarmos que está havendo um desvio de conduta, e o caminho é fora da lei, cumpre-nos alertar, e manter distância se houver insistência em seguir esse rumo.  Nunca poderemos obrigar ninguém a seguir pelo caminho que acreditamos ser o correto.  É questão de livre arbítrio.  E todos devem ter consciência daquilo que fazem, e arcar com suas responsabilidades.
No que tange a questões estritamente pessoais, como religião, profissão, linha política, preferências esportivas ou sexuais, nada se pode opinar, sequer discutir. Em cada cabeça há uma sentença, e decisões nesse sentido são “imexiveis”.  Penso que todos devem ser respeitados.
Uma historinha que me foi contada por L’Inconnu, retrata bem o que é essa questão de opinião:
"Um homem estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês deixando um prato de arroz na lápide ao lado.  Ele se vira para o chinês e pergunta:
Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o seu arroz?
E o chinês responde:   Sim, quando o seu vier cheirar as suas flores..."

Essa historinha retrata muito bem que sempre devemos respeitar a maneira de pensar de todos os povos, de todas as pessoas.  O que é um absurdo para nós, para outros é algo sagrado, e vice versa.  Sobre isso, aliás, muito há que se falar.  Mas o mais importante é observar-se o respeito pelas opiniões e preferências com que cada pessoa norteia sua vida.  Não nos cabe o direito de julgar ninguém, porque sempre estaremos sendo julgados.  
A cada contestação nossa, poderá caber uma contestação de alguém contra nós.

Portanto o único direito é evitar o contato com  pessoas cujos costumes nos ofendam, mas nunca poderemos julga-las se estão certas ou erradas. 
Por que condenar alguém porque fuma ou bebe?  Por que condenar alguém por assumir uma posição homossexual?  Por que condenar por assumir esta ou aquela posição radical em termos de religião ou de política? Embora o fanatismo com que certas religiões são praticadas possam ser condenáveis, masa julgamentos, deixemos a quem de direito, podemos manifestar nosso desacordo, afastando de nossa convivência quem não nos convém ter por perto.
Cada qual tem sua opinião sobre como conduzir seu destino. Poderemos partilhar ou não de sua maneira de vida, mas não condenar...
Assim sendo, um fraterno abraço para todos, e o mais sincero desejo de  UM LINDO DIA.

Não esquecendo outro pequeno detalhe,  ao apontarmos um dedo para alguém, teremos três de nossos dedos apontando para nós...
Marcial Salaverry
Enviado por Marcial Salaverry em 06/05/2013
Código do texto: T4276450 
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Marcial Salaverry
Santos - São Paulo - Brasil, 76 anos
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